
Fidelidade ou Imbecilidade?
Gostaria de compartilhar com os leitores um episódio ocorrido recentemente. Após cumprir vinte e quatro longos meses de fidelidade a uma operadora cujos serviços básicos deixaram muito a desejar, decidi migrar para outra empresa de telefonia celular. Para tanto, escolhi a operadora utilizada pela minha companheira, já que as tarifas entre clientes da mesma empresa costumam ser menos elevadas. Apesar de ser relativamente nova no mercado de telefonia celular, essa empresa figura diuturnamente na mídia, com promoções tentadoras, a fim de angariar mais clientes. Entretanto, em que pese meu desejo sincero de livrar-me de uma dor de cabeça diária, não pode concretizar a compra de uma nova linha porque essa empresa de “visão” não exige qualquer comprovante de residência para formalizar o negócio. Ela não admite como comprovante de residência a conta de telefone fixo da empresa concorrente! – Política da empresa – assim me disse o vendedor. Trocando em miúdos, pra essa empresa a fatura do meu telefone não serve como documento pra comprovar que eu efetivamente moro no meu endereço.
Diante de tal absurdo, e resignado ante a impossibilidade de conseguir qualquer avanço diante de revendedores que não têm qualquer poder de gerência ou comando para tomar decisões, senti-me na obrigação, como consumidor, de externar minha indignação com tal política, mostrando às pessoas que ainda existe entraves muito infantis se comparados, por exemplo, à consulta prévia do cliente ao cadastro de proteção ao crédito. Como se com tal atitude a pessoa fosse trocar seu telefone fixo só pra poder comprar o celular dessa mesma empresa. Qualquer consumidor sensato faria uso, nessa situação, do poder maior que tem em suas mãos: o direito de optar por outro fornecedor. Enquanto vivermos num Estado Democrático que prima por princípios como o da livre concorrência, nada mais justo que utilizarmos da nossa maior ferramenta: a escolha. Em dias de mundo globalizado, onde as empresas crescem cada vez mais, na mesma proporção em que se distanciam de seus clientes e se protegem através de callcenters e tele-atendimentos, a única ferramenta do consumidor torna-se, de fato, o poder de escolha. Façamos uso consciente, portanto, desse único instrumento que ainda nos resta. Não me submeterei a promoções e vantagens em detrimento de um bom atendimento quando precisar dele. Escolherei uma empresa que não limite sua relação com o consumidor somente à venda de seus produtos e serviços, deixando-o horas a fio pendurado em uma ligação; jogando-o de um ramal para outro; fazendo-o repetir seu problema infinitas vezes sem lhe proporcionar uma solução adequada. Esse tipo de fornecedor eu “pulo”. E você, leitor, já fez uso do seu poder de escolha?
THEgusta
Um comentário:
Prezado TheGusta, sua mensagem vai estar sendo encaminhada, ao nosso setor de relacionamento com o cliente (Sr. Bichinho).Também vamos estar copiando a mesma para nosso setor jurídico (Dr. André).
Sugerimos que o senhor adquira nosso plano de 800 Minutos + 1250 Torpedos + 5 Cevas + 1 Porção de Polenta com Frango da Operadora "Tim-Tim Telecom" do Grupo Cirrose.
***Você está recebendo esta resposta automática. Por Favor não responda.
Postar um comentário